Josias Monteiro, um jovem dramaturgo, nascido em Macapá-1981, sua linguagem simples retrata a vivência que exerce como ator desde 1996; seu primeiro texto “Ide” teatro para juventude, foi escrito aos 17 anos (1997), na parceria de Adão Pinheiro (18), e teve ótima repercussão no cenário gospel local. Aos 18 encabeçando o grupo Cá entre nós, conduziu a criação do texto de classificação livre “Quem matou curupira?” encenado por este e por outros grupos, recebendo destaque em 2004 quando o Grupo de Teatro do SESC/AP, coordenado pela diretora Zeniudes Pereira, deu grande significado ao trabalho ao Montá-lo, exibindo nas feiras de livro e visitas a escolas públicas. Em 1999 com uma nova pratica de teatro voltado para infância, pois vivenciava um importante ano de estágio do magistério, a partir das experiências em sala de aula, escreveu “Uma mosca mixuruca” para ser encenado pelo grupo Cá entre nós. A partir do ano de 2000 até meados de 2004 dedicou-se a linguagem circense, escrevendo textos menores para a comédia pastelão como “Marri e matuto”, “O mágico Bolin Brok” e “Sujos e mundos”. Encenados em escolas e programações da cidade. Este novo contato com a linguagem circense resultou em uma pesquisa sobre o palhaço a partir da linguagem lúdica da criança, culminando no texto para a infância “A língua solta do menino Joca” encenado pelo grupo Eureca, obtendo grande sucesso local e recebendo a Bolsa Funarte de estímulo ao circo/ FUNARTE-MINC em 2005.
Em 2006 precisou passar 3 anos afastado de sua cidade para lecionar em outro município, dedicou-se então a escrever sobre a cultura do norte, assim como sobre as riquezas naturais de seu Estado, surgindo então, “O Auto do rio Oiapoque” ganhando apoio da FUNDAÇÃO ESTADUAL DE CULTURA para ser encenado naquele município, recebendo o título de maior produção teatral já realizada no mesmo; também escreveu “A saga de Jurubeba”, “As mangueiras da cidade ou As andorinhas não voltarão” e “As filhas da matinta” este ultimo ganhou em 2008 pelo Grupo Eureca o Prêmio Mirian Munys de Teatro-MINC, ainda neste ano ao retornar a Macapá, idealizou o projeto social chamado “ParaZinho”, iniciativa que alcança crianças em situação de vulnerabilidade social com os benefícios do teatro; para este escreveu “O Auto da Infância” e “ Pegadas na Areia – Resgatando a infância” encenados até hoje pelo projeto nos períodos de Semana Santa e Natal. Josias continua escrevendo para infância e juventude, “O ratinho Roirroi” e “Dona Só Sozinha de Só Eu”, são outros exemplos; mas ultimamente alguns de seus textos tem a temática adulto “O louco e a carcereira ou Um poema por um sonho” e “Vaca magra e Carne seca”. O primeiro aborda a esquizofrenia como tema central, divulgando o tratamento e desmistificando mitos e tabus; o segundo é baseado em uma história real, acontecida em Carolina do maranhão em meados da década de 80. Conta a história de uma moça traída pela amiga e desprezada pelo pai ao engravidar indesejadamente aos 18 anos.
Josias Monteiro coordena hoje um projeto de estímulo à leitura, tem registro na biblioteca nacional e seu projeto é um ponto de Leitura do MINC. Aos 29 anos, tem uma filha chamada Isabele, já plantou muitas árvores e pretende lançar até agosto deste ano, quando completa 30, um de seus dois projetos já em andamento, “A coletânea de textos de teatro para a infância – Falando em leitura?!” ou seu livro “2:00H AM” Romance inspirado na sua vivência com a arte e o mundo espiritual.
Em processo de pesquisa: “Uma cova para meus filhos” – Texto que fala sobre o maior naufrágio do Brasil, o Sinistro do Novo Amapá. Uma homenagem as mais de 200 famílias de uma cidade tão pequena, Macapá década de início da década de 80, que choraram a morte de um ou vários entes queridos. Conclusão: Dezembro de 2011
Saindo do forno: “História mais linda do mundo ou Um cordel para Jesus”. A narrativa fala de um pai com seu filho, ambos artistas de rua, vendedores de Cordel, onde têm uma missão, contar a história do Nascimento de Jesus e vender Cordel. Só falta registrar. Duração máxima 45m.
Macapá, março de 2011